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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DA MONARQUIA À REPÚBICA - Caminha, 1906 / 1913 - novo livro de PAULO BENTO

Conforme anunciado realizou-se neste último fim de semana, em jornada dupla, a apresentação ao público do novo trabalho do historiador Paulo Bento, “Da Monarquia à República no concelho de Caminha – Crónica política (1906 – 1913)”. Trata-se de mais uma edição do Jornal Digital Regional – Caminha@2000, propriedade de Luis Almeida que, cumprindo agora o seu décimo aniversário, enriquece, com o lançamento de mais esta obra, sem quaisquer apoios ou subsídios, um já relevante currículo em termos jornalísticos e culturais a nível do concelho de Caminha.
 A primeira cerimónia ocorreu em Vila Praia de Âncora, no sábado, dia 16 de Outubro, no Centro Social e Cultural e a segunda no salão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da sede do concelho, domingo, dia 17, ambas às 17H00.

Tendo-se verificado uma boa adesão do público (as primeiras fotos documentam a apresentação ocorrida em V.P.Âncora e as últimas em Caminha) em cada uma das localidades, a sessão de apresentação do livro foi aberta, em ambos os casos, pelo editor, Luis Almeida que, numa breve intervenção, começou por enaltecer o importante contributo que o Prof. Paulo Bento vem prestando ao concelho de Caminha, através do preenchimento de uma grave lacuna que se verificava, em termos de realização de trabalhos de pesquisa, estudo, documentação e registo de factos históricos de interesse local e concelhio, que de outro modo correriam o risco de se perderem para sempre na memória dos tempos.
Referiu como esse contributo vem de encontro às preocupações que o Caminha@2000 também vem sentindo e aos esforços que vem desenvolvendo para que as gerações futuras não percam importantes referências dos seus antepassados recentes, sendo este já o quarto livro que edita e o segundo deste autor.

Quanto à intervenção de Paulo Bento que, em ambas as sessões e durante cerca de hora e meia, conseguiu manter bem viva a atenção dos muitos presentes, não irei, naturalmente, desenvolvê-la, até porque, no essencial, tratou-se de um resumo comentado do livro acabado de publicar e, como ele disse no final, o importante é que as pessoas o leiam.
Assim, limitar-me-ei a referir, para além do lugar onde foi escrito, do tempo e das fontes, duas ou três notas sobre as motivações que, segundo o autor, estiveram na origem do presente livro e na opção de escolher Vila Praia de Âncora para a sua primeira apresentação:

- o livro foi escrito de um fôlego, em 20 dias de Agosto, em Esposende, aproveitando as últimas férias de verão, mas a sua preparação envolveu um longo trabalho de pesquisas, durante mais de seis anos, sendo as fontes principais as actas da Câmara Municipal, mas sobretudo a correspondência da administração do concelho e a imprensa local, não só de Caminha mas também de Viana do Castelo;

- a razão fundamental que o levou a escrever este livro deve-se ao facto de a história contemporânea do concelho de Caminha estar, salvo raras e boas excepções, quase toda por fazer e, tal como o editor, Luís Almeida, considerar que o conhecimento das referências do passado é decisivo para a compreensão do presente;


- fez questão de que a primeira apresentação do livro fosse em Vila Praia de Âncora uma vez que, embora reconhecendo ter havido, no concelho, em termos quantitativos e mesmo qualitativos, iniciativas
 interessantes no âmbito da comemoração do 100º aniversário da implantação da República, ficou um tanto chocado pelo facto de, com a honrosa excepção da escola Ancorensis, todas elas terem sido centradas na vila de Caminha, considerando isso uma falsificação da História até porque, afirmou, se há duas grandes terras republicanas e de tradições democráticas neste concelho uma é a Praia de Âncora, lugar urbano da antiga freguesia de Gontinhães, agora Vila Praia de Âncora e a outra (garantiu não estar a puxar a brasa para a sua sardinha), Vilar de Mouros.

A concluir estas breves notas sobre um acontecimento de tanta importância para o concelho de Caminha resta-me, como caminhense, felicitar os dois actores principais, cada um no seu papel, que o tornaram possível: obrigado Paulo Bento, obrigado Luís Almeida e, tal como é “prometido” no final do livro…que seja para continuar. Claro que estas felicitações terão de ser extensivas ao GEPPAV (grupo que integra o próprio autor e ainda os vilarmourenses Joaquim Aldeia, Plácido Souto e António Lages) ao Carlos da Torre, pela concepção gráfica  e a todos quantos contribuíram para que esta obra fosse uma realidade.












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