VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

sábado, 27 de novembro de 2010

Associação de Reformados e Pensionistas de Caminha - ARPCA

A Associação de Reformados e Pensionistas de Caminha (arpcaminha@gmail.com) , criada a 24 de Novembro de 2009, é uma instituição de carácter social, sem fins lucrativos e que tem como seus principais objectivos, por um lado, combater e minorar a pobreza que ainda afecta tantas pessoas, sobretudo idosas, no concelho de Caminha ajudando-as, por exemplo, a ultrapassar dificuldades de mobilidade, em especial para deslocação a centros de saúde ou hospitais e, por outro, proporcionar-lhes, tanto quanto possível, actividades que, de
algum modo, contribuam para a diminuição do isolamento em que algumas vivem, através da realização de passeios-convívio a baixo custo, torneios de cartas, malha e outros jogos.

Trata-se de uma associação ainda recente, com recursos muito limitados e que, por isso mesmo, vem sentindo naturais dificuldades. A eleição dos seus primeiros corpos gerentes aconteceu já em 2010, no dia 20 de Janeiro, quando era constituída por 85 sócios, sendo eu um deles.
Não vou aqui repetir o nome das pessoas eleitas para os diferentes órgãos sociais, até porque isso foi feito na devida altura pela comunicação social local “caminha2000” e “o caminhense” e encontra-se acessível a quem tiver interesse em consultar. Direi apenas que tive o prazer de ter sido professor do presidente da direcção, Ricardo Vila Pouca, de Venade, ainda um jovem de 52 anos, reformado por motivos de saúde e que o vice-presidente é o vilarmourense e também meu amigo, Luís Moreira.

Embora não tenha acompanhado de perto todas as iniciativas da associação, sei que vem desenvolvendo um bom trabalho para os escassos recursos de que dispõe, tendo o número de sócios aumentado já para 160 e possuindo, ainda que precariamente, um espaço para sede, cedido pela Junta de Freguesia de Caminha.
Hoje, dia 27 de Novembro, assinalou o seu primeiro aniversário com a realização de um almoço no salão do Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense – CIRV. Nesse almoço, confeccionado e servido pelos alunos da Etap – Escola Profissional de Caminha, participaram cerca de cem associados e ainda vários convidados.

No final um agrupamento musical de Vila Praia de Âncora animou “as tropas” com música de baile para quem quis desgastar o bom bacalhau servido.
Na curta intervenção que fez, Ricardo Vila Pouca agradeceu a todos os que compareceram, muito em especial às entidades que se fizeram representar (Câmara Municipal e Bombeiros de Caminha) ao Pároco da freguesia e ao Dr. Narciso Correia, ambos presentes, a este último pelo importante apoio jurídico que tem vindo a prestar à associação. Referiu e lamentou a ausência de juntas de freguesia como a de Caminha e a de Vilar de Mouros, bem como a da comunicação social que, apesar de convidados, não compareceram.

Prometeu a intensificação do trabalho para 2011 e pediu aos sócios presentes que se mobilizem cada vez mais no sentido de trazerem novos aderentes e, dentro das possibilidades de cada um, contribuírem com um donativo, já que as receitas são muito escassas e aquilo que vem sendo feito é-o, quantas vezes, à custa dos próprios bolsos dos elementos da direcção.

Recusou-se a embarcar em ilusões e referiu a necessidade de se ir caminhando com passos curtos mas seguros, até pela situação difícil que o país atravessa, sendo que toda a colaboração será decisiva na maior ou menor actividade e projecção da ARPCA em 2011, ano em que serão privilegiadas as parcerias com outras associações, como já acontece com o CIRV, de Vilar de Mouros, de forma a possibilitar a concretização de iniciativas que pretende venham a crescer em quantidade e diversidade.

Porque penso serem cada vez de maior importância, nos tempos que correm, associações que, como esta, estejam vocacionadas para a ajuda e prestação de serviços aos mais idosos e, de entre estes, aos mais desprotegidos, não quero deixar de felicitar, na pessoa do Ricardo, a direcção e todos aqueles que, de algum modo, vêm contribuindo para que a ARPCA tenha conseguido, com muito esforço e sacrifício, fazer o que já fez e desejar o maior sucesso para todas as suas acções futuras. Pela parte que me toca poderão sempre contar com todo o meu apoio e solidariedade.






domingo, 14 de novembro de 2010

Estrada da Cavada

Eu não acredito em bruxas (aliás, já quase não acredito em nada) mas começo a ter dúvidas se o galego não teria razão quando dizia "non creo en bruxas pero que as hai, as hai"!

Realmente, o que se está a passar com as obras de beneficiação (?) da Estrada da Cavada parece só ter justificação num qualquer fenómeno que ultrapassa a capacidade de entendimento de um ser humano normal. 

Todo o vilarmourense sabe que a necessidade de realização de obras nesta importante via de comunicação, que serve todo o populoso lugar da Cavada e liga à vizinha freguesia de Sopo, data de há longos anos. Já no tempo da câmara socialista Vilar de Mouros reivindicava a realização dessas obras. Elas foram sendo prometidas, prometidas…mas sempre adiadas.
Com a mudança de poder no município o cenário manteve-se: a junta pedia, tornava a pedir, reclamava, a repavimentação da Estrada da Cavada ia constando, ano após ano, do plano de actividades camarário, mas a sua concretização não havia maneira de avançar. Claro que a gravidade da situação ia aumentando assustadoramente, a Estrada da Cavada já era motivo de chacota generalizada até que, em Abril de 2009 (por coincidência, claro, ano de eleições), a Sra Presidente da Câmara, no Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense, onde se deslocou para fazer a apresentação pública do projecto e assinatura de contrato de empreitada do novo Centro Escolar afirmou, em resposta a questão que lhe foi colocada pelo Presidente de Junta de então, que a repavimentação e beneficiação dessa estrada já havia sido adjudicada e iria avançar brevemente.
Como faltavam cerca de seis meses para as eleições autárquicas pensei: “agora vai mesmo”! Qual quê!? Passaram as eleições, o PSD até as ganhou, no município como na freguesia, mas as obras só começaram, se a memória não me atraiçoa, em Fevereiro! Arrastaram-se, pararam, recomeçaram e, em Setembro, lá foi colocado o piso betuminoso.

Entretanto, o general Inverno, logo nas primeiras chuvadas, decidiu pôr a nu a “qualidade” da obra. Ainda nem concluída está e, como se pode ver pelas fotos (tiradas hoje, 14 de Novembro), a estrada já revela fragilidades tais que não me parece difícil prever como vai ser curta a sua vida!
A camada de alcatrão é finíssima; a terra que o suporta não está devidamente compactada e cede às primeiras infiltrações de água, provocando o que as fotos documentam; os tubos colocados nas valetas nos locais de acesso a entradas e caminhos são estreitíssimos, entopem com facilidade provocando a invasão do piso pelas águas pluviais; quanto a passeios, numa zona com tantas casas e tão frequentada por peões, nem vê-los!

É caso para dizer: levou tempo mas…não valeu a pena!
Uma palavra final para o papel da Junta de Freguesia em todo este processo. Sei que não se trata duma obra sua, mas sim da inteira responsabilidade da Câmara Municipal. No entanto, nem por isso se pode colocar totalmente de fora pois, como afirmou a Sra Presidente, “a junta acompanhou as obras da estrada”. Então, se acompanhou, tem de estar mais atenta ao seu evoluir e chamar a atenção do município (com muito cuidado…muito cuidadinho…) para questões pertinentes que poderão melhorar a qualidade final da obra. Não sei se o não fez ou se não foi ouvida.