VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

sábado, 31 de julho de 2010

PEIXES MORTOS PARTE II

Conforme escrevi na mensagem anterior apareceram mortos, no Rio Coura, milhares e milhares de peixes, no dia 29 de Julho, em Vilar de Mouros. Nesse mesmo dia, como no dia seguinte, dia 30, centenas de pessoas, entre as quais muitas crianças, divertiam-se nas águas do rio, sobretudo na praia fluvial das Azenhas, nadando e mergulhando enquanto grande quantidade de peixes jaziam mortos no fundo do rio ou flutuavam à superfície. Tudo isto em perfeita "harmonia" e sem que as autoridades competentes fizessem qualquer aviso ou prestassem esclarecimentos.
Qual não é o meu espanto quando hoje e só hoje, dia 31, aparecem umas placas da autoria da Junta de Freguesia, colocadas nos areais existentes nas proximidades da ponte e nas azenhas, alertando as pessoas para não se banharem no rio, "apesar de ainda não terem sido apuradas as causas que originaram a morte...". Não sei se a iniciativa foi da única responsabilidade da Junta ou feita a pedido de qualquer outra entidade mas, sinceramente, se a intenção foi   prevenir mais valia estarem quietos.
Veio "só" com dois dias de atraso! Se o perigo fosse mesmo real (para seres humanos, porque para os peixes foi-o e de que maneira)  poderíamos ter hoje a lamentar muitas vítimas inocentes. Se este aviso é mesmo para levar a sério, do que duvido, quando poderão recomeçar os banhos no rio? Só depois de conhecidos os resultados das análises? Talvez no fim do verão!...   Este país parece funcionar por impulsos e, sobretudo, trabalhar ainda a carvão.
     Junto mais três fotos: uma do "aviso" da Junta, tirada hoje e mais duas de peixes mortos na zona das azenhas, tirada ontem, dia 30.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PEIXES MORTOS – OUTRA VEZ

Infelizmente já começa a não ser novidade, é quase uma rotina: periodicamente os peixes do Rio Coura vão sendo dizimados de uma forma tão maciça e eficaz que até parece programada, como num genocídio. Sobretudo no Verão, com certeza pela acentuada diminuição do caudal de água e consequente maior concentração nela de produtos tóxicos ou outros nocivos aos peixes e falta de oxigenação, estes fenómenos acontecem com muito mais frequência.
Como em épocas balneares a praia fluvial das Azenhas é bastante frequentada, qualquer dia Vilar de Mouros passa a ter mais uma potencial atracção turística. Estou mesmo a ver o “cartaz”: "Visite Vilar de Mouros e venha assistir ao mais espectacular desfile de peixes mortos ou moribundos no Rio Coura…dia (ou dias) tantos de tal…! Entradas gratuitas!"
Basta reparar na foto que tirei à praia fluvial no dia do “massacre”, para se ver a quantidade de pessoas que assistiu em directo, sem querer, ao espectáculo, não anunciado, deste ano. Todas as fotos (que podem ser ampliadas clicando e algumas têm legenda) foram tiradas dia 29, entre a ponte e a azenha. Agora imagine-se o que seria se o acontecimento fosse bem divulgado, com antecedência, na comunicação social e com muitos cartazes…como nas eleições!...
Agora falando a sério, porque se trata mesmo de uma questão séria, será que isto é mesmo inevitável? Não se pode fazer nada? Ninguém é responsável? Não há culpados? Acontece uma, duas, três, cinco, dez vezes e as entidades oficiais não dizem nada?  
Depois admiram-se que as pessoas se revoltem quando um pescador à linha, com uma simples cana de pesca, ou um “caçador” de fisga, cometem o gravíssimo crime de apanhar ilegalmente um bogardo ou fisgar um dos muitos milhares de exemplares de lampreias que sobem todos os anos este rio e são, esses sim, não escapam, severamente castigados! Acho que já é tempo de começarmos a tratar TODAS as pessoas deste país, que se diz de direito, de forma semelhante. Ou não? Eu devo ser um lírico!           

Já agora e porque se ouviu falar, nos dias que precederam o Festival de Paredes de Coura do ano passado e também no que agora iniciou, na possibilidade de existência de salmonelas no Rio Coura, por simples curiosidade escrevi no motor de busca do Google (passe a publicidade) a palavra “salmonelas” e fui encontrar, de entre outras coisas, uma notícia do “Correio da Manhã” de 30 de Julho de 2010 (hoje, ou amanhã, se preferirem, pois são 3 da madrugada) que diz, e passo a citar:
“Um relatório da Câmara Municipal de Paredes de Coura concluiu que a água do rio Tabuão, que está integrado no recinto do Festival Paredes de Coura, não tem salmonelas, depois de o assunto ter gerado dúvidas entre as autoridades. A organização do evento, que arranca na quinta-feira, aplaude esta conclusão.”

Sem de qualquer modo querer insinuar seja o que for, achei muito curiosa esta notícia e esta coincidência de datas e acontecimentos. Foi bom para tranquilizar os “festivaleiros” que gostam de tomar banho…não sei se terá sido assim tão bom para os peixes, mas não me compete a mim averiguar.
 

 

sexta-feira, 23 de julho de 2010

FESTIVAL DE VILAR DE MOUROS 2010

     Claro que este título é uma ficção, mas podia muito bem ser uma realidade se quem decide sobre os destinos de Caminha há mais de oito anos pusesse os interesses globais de Vilar de Mouros e de todo o concelho acima de estratégias de conquista e manutenção do poder a todo o custo.

      Hoje só não vê quem não quer que o objectivo número um do executivo municipal para esta freguesia, no mandato anterior, era derrubar a junta CDU. Valeu tudo para isso.
     São múltiplos os exemplos que o comprovam, assim como é clara a estratégia seguida para esse fim: a asfixia financeira!
Ora, para que isso fosse conseguido não bastava cortar radicalmente nas transferências do município para a junta, como foi feito (se a memória não me falha, em 4 anos veio da Câmara, no total, pouco mais de 9 mil euros), era preciso secar também outras fontes de rendimento e o festival era a mais importante. A ser cumprido o protocolo com a empresa organizadora (que, note-se, também não está isenta de culpas) e se tudo corresse normalmente, no final das seis edições (2005 a 2010) Vilar de Mouros encaixaria € 250.000,00 para gastar no que entendesse, mais € 300.000,00 para investir em infra-estruturas no recinto e outras relacionadas com o festival.
Está-se mesmo a ver o “interesse” que o executivo camarário teria em “apoiar” tal evento...e foi o que se viu, terminando como terminou: clima de verdadeira guerrilha em 2005 e 2006 (nem uma palavra sobre o Festival na Agenda Cultural de Julho da Câmara deste ano, quando era festejado o seu 35º aniversário...),  e desistência da empresa em 2007!

     O que passou, passou, não há nada a fazer.

     Mas, agora, apetece perguntar: se, no último mandato, a Câmara (propagandeando ajuda e puxando para trás) responsabilizou a junta e a empresa pelo fracasso e suspensão do festival, por que diabo continua a não haver em 2010? "Não houve tempo suficiente  para o preparar…" será a desculpa a impingir aos “crédulos” (e há muitos neste concelho…uns por ingenuidade, outros por deficiente informação outros, se calhar, por receio de represálias, outros ainda por interesses de vária ordem)! Mas como é isso possível se, no dia 3 de Abril de 2009, há bem mais de um ano, foi assinado um protocolo tripartido (Câmara, Junta e Porto Eventos) que pôs a zero todos os compromissos assumidos em acordos anteriores, possibilitando, de imediato, o início e cito, “da institucionalização de uma entidade em que sejam partes a Câmara Municipal e a freguesia de Vilar de Mouros, representada pela sua Junta de Freguesia que…consiga levar a bom porto a reedição do Festival já no ano de 2009”. É verdade, já em 2009! Claro que ninguém de bom senso acreditou nisso, mas em 2010 também não?!  … Porquê?!                                                         

Só encontro uma justificação com alguma lógica: a Câmara “queimou” mais de seis meses à espera das eleições autárquicas de Outubro, na esperança de um resultado eleitoral que não a obrigasse a negociar com os “comunistas”. Com uma vitória tangencial e a “preciosa” ajuda de dois ex-“socialistas”, conseguiu-o, ficando assim com uma junta à medida dos seus desejos, com o caminho aberto para um acordo fácil. Então porque não há festival?
     Quanto a mim o problema é que já era demasiado tarde! A organização deste evento exige uma preparação cuidadosa, com muita antecedência e, em cima da hora e com tantos festivais espalhados pelo país, com os melhores fins de semana já ocupados por outros importantes acontecimentos, nenhuma empresa credível deve ter tido disponibilidade para avançar e correr sérios riscos de um fracasso rotundo.
     Note-se que não é por acaso que eu escrevo este artigo agora: as datas mais prováveis, a manter-se a tradição dos últimos festivais, seriam este fim de semana: 23, 24 e 25 de Julho.

     É assim que se gere a coisa pública e, lamentavelmente, não é só em Caminha. Os interesses de quem, conjunturalmente, está no poleiro e tudo faz para lá se manter (pelos vistos dá muito jeito), sobrepõem-se, "democraticamente", aos de toda uma comunidade e assim vai continuar enquanto houver muitos “crédulos”!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Uma história mal contada - JN Manuel António Pina

Começo por dizer que o texto que junto não é meu mas sim de Manuel António Pina, que publica com regularidade pequenos artigos de opinião no JN e que eu costumo ler com muito prazer pela capacidade que este autor tem de, em poucas palavras, dar a volta a questões sérias e tantas vezes difíceis de entender e transformá-las em histórias simples, sarcásticas e verdadeiramente hilariantes!

Ainda me recordo da maneira brilhante como ele "explicou", há mais de um ano, a substituição compulsiva (apetece-me dizer anedótica...) de um vereador do município de Caminha por outro, numa reunião em que estava em causa a aprovação do orçamento para 2009. Mas deixemos isso que já foi há muito tempo. Não convém é esquecer...

Agora trata-se da reprovação, pela maioria PSD/CDS da Câmara Municipal do Porto, de uma proposta apresentada por Rui Sá para a atribuição a uma rua do Porto do nome de José Saramago.

Reparem só no humor fino e inteligente usado pelo autor do artigo para "justificar" a atitude de uma maioria que, como se sabe, em democracia tem sempre razão. Terá?

Aqui vai:

"Noticia o JN que Rui Rio mais os seis vereadores da coligação PSD/CDS que manda na Câmara do Porto chumbaram uma proposta do vereador Rui Sá, da CDU, no sentido de ser atribuído o nome de José Saramago a uma rua da cidade.

Não custa a crer que Rio e os "seus" vereadores estejam a ser injustamente acusados de mesquinhez e que a responsabilidade do sucedido caiba, sim, ao vereador Rui Sá.

Com efeito, este terá dado por assente que Rio e o PSD/CDS soubessem quem foi José Saramago, não tendo tido o cuidado de lhes explicar tratar-se de um escritor português recentemente falecido, Prémio Nobel da Literatura (o único Nobel da língua portuguesa).

Se o tivesse feito, decerto Rio exclamaria "Ah, sim? Não me diga!", logo votando favoravelmente a proposta, seguido em ordem unida por todo o pelotão PSD/CDS.

Quando, daqui a uns anos, Rui Rio (quem?) for recordado como um camarário do tempo de Saramago que tentou impedir que o seu nome fosse dado a uma rua do Porto (assim como um tal Sousa Lara ficou conhecido por ter censurado "O Evangelho segundo Jesus Cristo"), era bom que se contasse a história toda."

Gostaram? Eu adorei!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Estradas Municipais

Como os vilarmourenses menos distraídos se devem recordar, desde há muito que a nossa freguesia vem sendo penalizada pelo executivo municipal, nomeadamente no que à limpeza de bermas e valetas diz respeito. Os mais atentos lembrar-se-ão ainda que a Junta de Freguesia de que eu fiz parte recusou-se mesmo a assinar protocolos com a Câmara Muncipal para a limpeza de bermas e valetas nos anos de 2006, 07 e 08, por considerar ridícula a verba que lhe foi atribuída pelo município para esse fim, sobretudo se comparada com a que foi atribuída a outras freguesias vizinhas e bem mais pequenas, como Dem e Venade.

Estrada do Funchal

 










Estrada de Marinhas
















Pensava eu que agora, com uma junta “colaborante”, da mesma cor e até como forma de fazer ver aos meus conterrâneos como valeu a pena a mudança, Vilar de Mouros seria a jóia da coroa do município. Afinal…

Estrada do Gorito













Voltando à questão da limpeza das valetas e referindo apenas as que são da responsabilidade do executivo camarário ( as estradas municipais) a situação é a que as fotos que tirei no dia 8 de Julho documentam.
A estrada do Funchal, pelo menos, nunca esteve em tão mau estado como neste momento. A do Gorito, embora menos frequentada, está também muito má, a de Marinhas (na zona de Vilar de Mouros, já que na de Seixas está bem limpa…) tem partes onde as ervas já invadiram o piso e a da Ponte, vá lá, pelo menos no início da chamada “subida do Neves”, tem um belo jardim em formação…esperemos que a sequia não o venha a destruir!...

Estrada da Ponte



Não vou falar, pelo menos para já, dos caminhos vicinais. Sei bem das terríveis dificuldades que pequenas juntas têm para dar uma resposta adequada a estes problemas, em freguesias tão extensas e com tantos caminhos como a nossa. Ignoro se no corrente ano houve ou não, neste âmbito, qualquer protocolo com o município (penso que não), mas considero que a maior responsabilidade terá sempre de caber a este último, face à insuficiência de fundos de que as freguesias dispõem.
        






Picasso em Ferro

O vilarmourense Plácido da Silva Souto, apresentou ao público, no dia 3 de Julho corrente, no Museu Municipal de Caminha, nova colecção de obras, desta vez exclusivamente dedicada à reprodução, em ferro trabalhado e pintado, de conhecidos quadros da autoria de Pablo Picasso, de quem é confesso admirador. Não é por acaso que a exposição se intitula "Picasso em Ferro". São um total de dezanove peças que aí se encontram em exposição até ao dia 26 de Setembro.


Recorde-se que já em 2008 Plácido Souto, hoje reformado mas que exerceu durante toda a sua vida o ofício de ferreiro e serralheiro, havia apresentado um primeiro conjunto de trabalhos, alguns dos quais também inspirados em obras de Picasso, que foram expostos, com bastante sucesso, em galerias da quase totalidade dos concelhos do distrito de Viana do Castelo.
À semelhança do que já fiz nessa altura, então na qualidade de secretário da Junta de Freguesia e na página Web daquela entidade, anexo fotografias de alguns dos quadros expostos e da cerimónia de apresentação ao público composto, na sua maioria, por vilarmourenses. 



Julgo que a qualidade dos trabalhos em causa merece, sem dúvida, uma visita ao local.























sexta-feira, 2 de julho de 2010

Festas de fim de ano escolar

 Realizaram-se, nos dias 18 e 25 de Junho passado, respectivamente, as festas de fim de ano escolar dos alunos do 1º Ciclo e do Jardim de Infância de Vilar de Mouros. A primeira teve lugar no salão do Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense e a segunda no Centro Escolar desta localidade, há pouco inaugurado, certamente por coincidência, no início do período da campanha eleitoral para as autarquias, pela Sra Presidente da Câmara Municipal de Caminha.
Por razões de saúde não me foi possível, como gostaria, assistir à festa dos alunos do 1º Ciclo e apenas estive presente em parte da dos alunos do Jardim de Infância. Por esse motivo é-me impossível, pelo menos para já, apresentar qualquer imagem , seja foto ou vídeo, da primeira delas, apesar de já ter pedido a várias pessoas que estiveram presentes para me cederem uma ou outra com essa finalidade. Fá-lo-ei, prometo, logo que tal se concretize.

A festa do 1º ciclo consistiu, essencialmente, na apresentação em palco de várias aprendizagens e competências dos meninos e meninas de todos os anos de escolaridade, em áreas como música, teatro e inglês. Seguiu-se a entrega aos finalistas do 4º ano das respectivas “fitas” e diplomas e tudo culminou, conforme informação do prof. Paulo Bento, que agradeço, com um “caldo verde de honra”.
A festa do Jardim de Infância constou, sobretudo, da interpretação de várias canções, encenações e dramatizações feitas pelas crianças,
individualmente, em pequenos ou grandes grupos, a que se seguiu também a entrega, aos quatro finalistas, vestidos a rigor, das fitas e diplomas em causa. A concluir foi servido a todos um lanche.
A assistência foi bastante numerosa e participativa, nos dois níveis de ensino, constituída, como é habitual nestas situações, por familiares e amigos dos alunos.
Clique na seta para ver o vídeo

Os meus parabéns a todos quantos contribuíram (docentes, auxiliares, pais e as próprias crianças) para que tivesse sido possível a concretização destas simples mas significativas festas de fim de ano escolar.