VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vilar de Mouros - VII Encontro Motard

 O Grupo Motard de Vilar de Mouros, www.gmvilardemouros.com organizou, nos dias 20, 21 e 22 de Agosto, o seu VII Encontro Motard, uma vez mais no Largo do Casal, nesta localidade.  

O programa, conforme cartaz que junto, respeitou as linhas mestras deste tipo de organizações, integrando, como não podia deixar de ser, a concentração de muitas motos (algumas verdadeiras “bombas”), passeios turísticos, refeições e bons petiscos como, por exemplo, boi e porco no espeto, cerveja quanto baste e espectáculos variados onde nunca faltam os concertos de rock e, ao cair do pano de sábado para domingo, o show de striptease.
Não sendo propriamente um entusiasta deste tipo de eventos e nunca tendo assistido a nenhuma das seis edições anteriores, decidi fazê-lo desta vez, apenas no sábado à noite, até porque, como os meus amigos sabem, também participo no agrupamento musical existente na freguesia, www.wix.com/lesales/vilardemouros2010 que foi actuar na sexta para Padroso, concelho de Arcos de Valdevez.

Posso dizer que fiquei agradavelmente surpreendido pelo ambiente, de entusiasmo e correcção, pela organização, pela razoabilidade dos preços, pela qualidade dos dois grupos de rock a cujas actuações pude assistir, com excelentes executantes e tendo, cada um deles, uma vocalista que, para além de muito boas vozes, impressionaram sobretudo pela capacidade de comunicar e “agarrar” o público. Os grupos em causa, os “Lokapala” e os “Rock’a’Lady”, de Famalicão e Lisboa respectivamente, são ambos constituídos por quatro elementos, dando-se a curiosidade de o segundo deles ser integrado apenas por mulheres.

Porque uma imagem pode valer mais que mil palavras, anexo um pequeno vídeo por mim filmado e editado.


Nada posso dizer, porque não assisti, sobre os grupos que actuaram na sexta-feira, “Renegados do Ritmo” e “Spincity”, mas as opiniões são também, genericamente, favoráveis.

À Direcção do Grupo Motard e a todos quantos com ela colaboraram de modo a permitir a realização de mais esta interessante iniciativa que só vem reforçar a visibilidade que o nome “Vilar de Mouros” já possui desde há muito, as minhas sinceras felicitações.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

TENHAM VERGONHA

Sinceramente, é com bastante mágoa que me sinto na obrigação de retomar um assunto que bem preferia esquecer, só que a minha consciência e sentido de (in)justiça não mo permitem, é superior às minhas forças. Que hei-de fazer?... Vou tentar ser o mais breve possível, limitar-me aos factos e ao essencial.

Em todos os quatro anos do mandato anterior a Câmara Municipal só fez transferência de competências e verbas para as juntas (pelo menos para Vilar de Mouros) no âmbito de protocolos acordados para as limpezas de bermas e valetas municipais das freguesias. As verbas a transferir para cada uma eram decididas unilateralmente pelo município, sem as juntas serem, sequer, ouvidas (pelo menos Vilar de Mouros). A fatia do bolo que nos foi “presenteada” foi, sempre, bem inferior à de outras freguesias com áreas territoriais, número de moradias, de habitantes ou extensões de estradas e caminhos semelhantes ou mesmo bem inferiores à nossa. Só a título de exemplo e reportando-me apenas aos dois últimos anos de mandato, 2008 e 2009:

- a Venade, com sensivelmente o mesmo número de residentes, famílias e alojamentos que Vilar de Mouros, mas com pouco mais de metade da área (Vilar de Mouros 1 037 ha e Venade 591 ha) foram-lhe atribuídos, em 2008, € 15 000,00 e em 2009 € 15 372,00;

- a Dem, com pouco mais de metade de residentes, bem menos de metade de famílias e alojamentos e pouco mais de metade de área (643 ha) foram-lhe atribuídos, em 2008 e 2009 tanto como a Venade;

- a Vilar de Mouros foram-lhe atribuídos € 9 000,00 em 2008 e € 9 228,00 em 2009!

A Junta de Vilar de Mouros, sentindo-se injustiçada pediu, por várias vezes e todos os anos, quer verbalmente quer por escrito, ao executivo camarário que, ao menos, dialogasse consigo e ouvisse as suas razões antes de tomar uma decisão definitiva sobre o montante a atribuir. Nem uma resposta nem uma satisfação aos seus pedidos.

Como é evidente e dados os antecedentes, havia alguma expectativa sobre o que iria acontecer em 2010, agora com uma junta “amiga”. E então? Então, a Câmara, em vez dos habituais protocolos autárquicos que, obrigatoriamente, precisavam de ratificação em sede de Assembleia de Freguesia antes de entrarem em vigor e, em consequência, teriam de ser dados a conhecer ao público em geral logo no início do ano e do novo mandato, optou por uma solução que conseguiu passar bem mais despercebida em relação à necessidade imperiosa de não poder continuar a prejudicar Vilar de Mouros como até aqui! Assim, em reunião do seu executivo de 03 de Fevereiro decidiu que, devido à ( e passo a citar) “exiguidade de recursos que são transferidos da Administração Central para as Freguesias…este município deverá conceder um apoio monetário…”. Espertinhos, hein? Eu, como outros vilarmourenses, só tivemos conhecimento desta decisão “magnânime” da Câmara na Assembleia de Freguesia realizada em finais de Julho, por informação da Sra Presidente de Junta em resposta a uma pergunta de um delegado da CDU. É que, como se sabe, as pessoas não estão habituadas a consultar as actas das reuniões de câmara. Eu vou tentar estar mais atento no futuro.

E agora vem a pergunta chave: mas então, qual o apoio a conceder a Vilar de Mouros, em comparação com Venade e Dem? Pouco mais de metade…pensarão os ingénuos! Como é evidente, enganam-se! Agora o apoio monetário nem sequer é igual, é SUPERIOR!

E isso é mau? Não, é óptimo, só que SEMPRE DEVERIA TER SIDO ASSIM, O QUE PROVA COMO NÓS TÍNHAMOS RAZÃO!

Vilar de Mouros – € 15.900,99 (a receber um duodécimo por mês)

Venade - Venade € 14.423,89

Dem - € 14.266,28

Claro que continua a ser pouco  mas o que está aqui em causa não são valores absolutos mas valores relativos: Venade e Dem até desceram, Vilar de Mouros quase duplicou! Já quanto aos resultados obtidos, no terreno, com este substancial reforço de verbas, prefiro não me pronunciar. O que é, para mim, neste momento, importante realçar é que aquilo que o executivo camarário anterior (e, além da presidente, mantêm-se dois dos três vereadores) fez com Vilar de Mouros é simplesmente repugnante, revoltante, de uma sacanice política inadmissível. E não me venham dizer que isso aconteceu porque Câmara e Junta estavam de costas voltadas. A Junta sempre tentou o entendimento, sendo desprezada pela Câmara que, essa sim, lhe voltou as costas, nem respondendo, por várias vezes, às cartas que lhe eram enviadas, prejudicando, por tabela, toda uma freguesia. E isso não só não é correcto como devia ser motivo, se vivêssemos num país a sério, para ser mandado para casa quem não sabe mandar na casa que é, ou devia ser, de todos nós.

Para os que  ainda não leram ou já não se recordam, aqui vai um bocadinho (a intenção é simplesmente pedagógica), da Constituição da República Portuguesa:

Art 13º
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual (negrito e sublinhado meus).

Só para terminar gostaria de propor a todos os caminhenses e, muito em particular, aos vilarmourenses, dos vários quadrantes políticos, que façam um pequeno esforço de reflexão e respondam (baixinho, cada um para si…não vá o Diabo tecê-las) a esta questão muito simples:

- Acham bem este tipo de comportamentos como o que o executivo camarário de Caminha teve?

Se houver alguém a responder afirmativamente, por favor, ao menos seja coerente e nunca mais diga mal dos políticos que temos, por pior que sejam, já que não merece melhor!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Festas da Sra da Peneda

Realizaram-se nos dias 13, 14 e 15 de Agosto as tradicionais festas da Sra da Peneda, em Vilar de Mouros. Sendo , de longe, em termos de adesão e participação populares, de duração, de número e diversidade dos festejos e celebrações (de ordem religiosa e laica), as festividades de maior importância e impacto na freguesia, exigem também, pelos custos que tudo isto envolve, um grande esforço, muito trabalho e até algum risco por parte de quem assume a responsabilidade da sua organização.
Porque ainda está bem fresco na memória de todos basta referir que a Comissão de Festas escolhida para 2009 mais não conseguiu, mas também parece não ter feito grande esforço para que as coisas tivessem sido diferentes, do que juntar algum dinheiro, num peditório feito em cima da hora, para a celebração de uma missa e a realização da procissão.
Este ano, 2010, as coisas foram bastante diferentes. As pessoas envolvidas iniciaram bem cedo e com determinação a angariação de fundos, começando com a realização de alguns almoços convívio para obtenção de verbas, prosseguindo com peditórios de porta a porta, bazares aos domingos à tarde para leilão dos produtos recolhidos, obtenção de apoios e patrocínios vários. Pena foi que tivessem surgido desentendimentos, por razões diversas, entre membros da Comissão da Festas, o que levou a que alguns deles desistissem antes de tempo, sobrecarregando, naturalmente, os “resistentes” que, com muita vontade e coragem, conseguiram levar o barco a bom porto.
Assim, as minhas felicitações a todos quantos, com trabalho, ofertas e outro tipo de apoios, contribuíram para o sucesso de mais esta bela festa popular, mas muito em especial para os que aguentaram até ao fim: o Carlos Alberto Porto, o Arnaldo Porto, o Álvaro Araújo, o José Manuel Viana e a Ana Catarina Pinto. Esperemos que em 2011 seja possível, se não melhorar, pelo menos manter o nível deste ano, que já foi muito bom.
                                                      

domingo, 8 de agosto de 2010

Fogo em Vilar de Mouros

Dia 5 à tarde, quinta-feira, iniciou-se um forte incêndio na encosta do monte do Gorito, na vertente voltada para Seixas, tendo ardido intensamente bem próximo de algumas habitações daquela freguesia. À noite o fogo parecia extinto mas, subitamente, reacendeu-se e com grande intensidade, passando, com a ajuda do vento de noroeste, para a encosta contrária do mesmo monte, até à beira de habitações de vilarmourenses, junto à Igreja Nova, no Crasto.
 As chamas devastaram uma extensa quantidade de mato e árvores, tendo sido combatidas por bombeiros, de Caminha e de Vila Praia de Âncora, meios aéreos (durante pouco tempo) e populares. Assim decorreu todo o dia 6 e parte da noite de sexta para sábado (altura em que tirei as fotos que junto), tendo-se privilegiado, naturalmente e até porque não havia meios disponíveis para mais, a defesa das habitações. No sábado tudo parecia resolvido mas, pelas 3 horas da madrugada de domingo, novo reacendimento e necessidade de intervenção dos bombeiros.
À hora a que estou a escrever esta nota, pouco depois da meia noite de domingo (curiosamente estou a ouvir o fogo, outro tipo de fogo, das festas de Sta. Rita, em Caminha), a situação está calma e esperemos que assim se mantenha. Temo, todavia, que os problemas não fiquem por aqui se o calor, que hoje até diminuiu, voltar em força. O estado em que se encontram os montes, pelos vistos em todo o país, é calamitoso! A vegetação selvagem (mato, silvas, tojo, etc) atinge, em muitas áreas, metros de altura, impedindo a passagem de pessoas por locais outrora bem aprazíveis como ( e refiro apenas a título de exemplo, porque conheço bem), extensas zonas nas margens do Rio Coura.  
 
Qualquer descuido ou acto criminoso pode transformar-se, em escassos minutos, num incêndio de proporções devastadoras. É certo que já alguma coisa foi feita, sobretudo em termos legislativos, mas o mais importante é intervir no terreno, muito em especial a nível preventivo, trabalhando os montes e transformando-os numa grande fonte de riqueza, como já o foram, em vez de uma fonte de preocupações permanentes, como acontece todos os estios. Com tanto desemprego no país não seria esta uma boa área para se criar riqueza e postos de trabalho?