Tive conhecimento, por informações de dois tripulantes de um veículo pesado que haviam acabado de passar na Estrada Nacional 301, no sentido Covas – Vilar de Mouros, ao fim da manhã de hoje, dia 22 de Dezembro, que se encontrava um automóvel, meio desfeito, no leito do Rio Coura, um pouco abaixo da barragem da EDP de Covas e que já haviam dado conhecimento do facto às autoridades.
Tendo-me dirigido ao local, onde cheguei por volta das 12H40, já lá estavam uma brigada da GNR e o Presidente da Junta de Freguesia de Covas, encontrando-se dois agentes a inspeccionarem, tanto quanto possível, o carro, encravado entre as rochas e parcialmente submerso na água do rio, no fundo de uma ravina com, suponho, cerca de 10 a 15 metros de profundidade (fotos 1 e 3, sem grande qualidade dada a distância e espessura da ramagem; clicar para aumentar).
Segundo informações, não foi encontrado ninguém no interior nem nas proximidades do veículo, bem como qualquer documento de identificação.
Na foto 2, tirada uns 70 metros a montante do local onde se encontram os restos do automóvel, pode ver-se como as giestas e outra vegetação se encontram arrancadas ou vergadas, o que faz pressupor ter sido por aí que se encaminhou para o rio, atirado ou não propositadamente. O facto de o veículo se encontrar uns bons metros abaixo poderá ter a ver com a fortíssima correnteza das águas em épocas de chuvas intensas, como ainda aconteceu há uns dias atrás, o que, provavelmente, o terá arrastado até ficar bem preso entre as rochas que constituem o leito do rio nesse local.
Assim, parecendo evidente que o automóvel já aí está há algum tempo e tendo em conta o assalto aos multibancos de Covas e de Vilar de Mouros em datas muito próximas (em relação a este último ver minha mensagem de 3 de Dezembro), parece-me legítimo poder relacionar estes factos e admitir como bem provável que se trate de uma viatura furtada, usada para os assaltos e destruída para não deixar vestígios.
A foto 4 ajuda a identificar melhor o local, situado a cerca de 2 300 metros acima da ponte do Rego de S. João (sentido V. de Mouros – Covas) e, por coincidência, bem próximo de uma lápide colocada por familiares em memória de um jovem falecido num horrível acidente de automóvel aí ocorrido.
Já agora aproveito para relembrar a urgência e a importância da realização de obras na Estrada Nacional 301, de Caminha até Covas mas com maior prioridade no troço compreendido entre esta localidade e Vilar de Mouros, dada a gritante falta de segurança e a inadmissível ausência de barreiras de protecção em tão perigoso troço.
Será preciso haver mais desgraças? Agora, com o que nos levam dos bolsos ao passar nas SCUT já nem a desculpa do famigerado buraco financeiro da "Estradas de Portugal" colhe!
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