Uma vez mais o mar decidiu atacar, com forte intensidade, a bem conhecida praia de Moledo, mesmo junto à foz do Rio Minho. Desta vez, porém, os estragos não se limitaram, tal como aconteceu o ano passado, a pouco mais que à remoção de uma boa parte do areal. Não, desta vez, as investidas, conjugando marés vivas com ondas enormes, da ordem dos 9, 10 metros de altura e ventos fortíssimos, provocaram danos consideráveis, obrigando mesmo a Polícia Marítima a actuar, interditando, nos dias 17 e 18 de Fevereiro, ontem e hoje, o acesso não só automóvel como mesmo pedonal a uma vasta zona, incluindo o troço final do topo norte do paredão que delimita a praia e prosseguindo até para lá do moinho existente nas dunas.
As fotos que consegui tirar (apesar das limitações de acesso impostas pela polícia) e que junto, esclarecem, mais do que todas as palavras que possa escrever, a violência da fúria do mar, que teve o seu apogeu na madrugada do dia 17, quando arrancou toda a parte superior granítica do já referido paredão, onde as pessoas se costumam sentar, situada a norte da última entrada e escadaria de acesso ao areal. Essas mesmas fotos documentam ainda o estado intransitável em que ficou o caminho térreo para a denominada praia das pedras, que dá serventia a muitas habitações aí existentes, a situação periclitante em que se encontra o já referido moinho, com a água a “lamber-lhe os pés” depois de comer todo o terreno que o separava do areal e a destruição de grande parte dos passadiços de madeira para peões aí construídos. A situação parece ter-se acalmado a partir de hoje à tarde pelo que tudo indica que o pior, felizmente, já lá vai.
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