VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

FOI NESTE LOCAL, PRECISAMENTE NESTE LOCAL,

faz hoje exactamente um ano,



…que aconteceu um fenómeno meteorológico absolu- tamente invulgar nesta região e, tanto quanto a memória dos vilarmourenses consegue recuar no tempo, único na freguesia: um tornado! Assim sendo, o dia 16 de Setembro de 2014 não mais será um dia qualquer e, pelo menos para aqueles que, como eu, assistiram à destruição ou danificação de valiosos bens materiais e tiveram mesmo em risco a sua própria integridade física ficará,

ad aeternum, gravado na história das suas vidas. Daí  o ter-me ocorrido usar, como título deste pequeno texto, uma expressão que acabou por se popularizar depois de ter sido utilizada vezes sem conta nas muitas intervenções televisivas do saudoso historiador Hermano Saraiva.

É que foi naquele local, precisa- mente naquele local, no Largo de Chelo, a escassos 150 metros da casa onde moro, que o tornado, ou mini-tornado, como lhe chamaram, mais demonstrou a sua fúria devastadora, tudo arrasando, prosseguindo depois, ainda com bastante “entusiasmo”, pela minha casa, pelas dos meus irmãos e respetivos quintais, em direção ao Largo do Casal. Aí, talvez enebriado pelo misticismo festivaleiro reinante, ter-se-á aplicado a fundo de novo, desgastando as reservas energéticas que ainda possuía no espatifar, de entre outras coisas, da cobertura do palco onde já atuaram os You Two.

Na altura publiquei também uma mensagem sobre o assunto, com várias fotos de alguns dos estragos mais significativos.

Hoje, passado exatamente um ano, quase não se vêem sequelas do que aconteceu, mas…naquele local, precisamente naquele local…as marcas são profundas, demasiado profundas, como se pode constatar pelas imagens que publico. Foi desimpedido o caminho, foi cortada e julgo que vendida a madeira com algum valor e…mais nada. Eu bem sei que o sítio tem pouca visibilidade,   poucas casas, escassos residentes, fica num extremo da freguesia e, se ninguém fala nele, até dá para esquecer. 

Assim, se este meu empurrãozinho contribuir para que aquelas raízes meio arrancadas, aquele amontoado de lenha abandonada, aquela árvore a ameaçar destruir fios da luz e aquele rego de águas bravas cheio de entulhos venham a merecer uma intervenção o mais rápido possível…já valeu a pena.   









Sem comentários:

Enviar um comentário