VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Largo de Chelo outra vez

Pelo menos o meu passado (33 anos ao serviço da mesma causa), deveria merecer um pouco mais de respeito



No dia 16 de Setembro último escrevi uma curta mensagem neste meu blogue assinalando uma efeméride relativa a um acontecimento que podia ter sido trágico para Vilar de Mouros: a ocorrência de um tornado há, precisamente, um ano atrás, provocando forte devastação nos locais por onde passou, com principal incidência no Largo de Chelo,  bem perto da minha casa.

Ao mesmo tempo aproveitei para publicar umas fotos atuais e chamar a atenção de quem de direito para a necessidade de se proceder a um arranjo nesse mesmo largo já que, até hoje e desde essa data, nada mais aí foi feito para além da desobstrução do caminho, corte e venda da madeira com algum valor comercial, apesar de, por várias vezes, pelo menos a minha amiga Isabel Mouteira Barge, filha do saudoso Dr. António Barge, ter solicitado, sem quaisquer resultados práticos, uma intervenção, ao sr presidente da junta.

Apenas publiquei essa mensagem no meu blogue e na minha página do Facebook. Mais nada, nem sequer partilhei com ninguém.

Fiquei, assim, algo surpreendido (mas não muito), quando deparei com a publicação de comentários nada agradáveis (isso é o menos, todos devemos ter direito a opinar livremente...mas há quem não entenda assim) à minha mensagem no grupo “Amigos de Vilar de Mouros” sem que a mesma fosse, ao menos, aí também partilhada, de modo a que todos percebessem o motivo das críticas expressadas, primeiro pela administradora do grupo, Maria Elisa Freitas e, mais tarde, pela minha prima, atual Presidente da Assembleia de Freguesia e antiga companheira de junta, Maria Amélia Guerreiro. A principal crítica resume-se, no essencial, ao facto de não ter elogiado a ação de voluntariado realizada, sob a organização da junta, em Maio de 2014, cerca de quatro meses antes do tornado, quando foi feita uma limpeza do largo. Pronto, admito, aí errei: nunca mais farei qualquer reparo sem primeiro dar um elogio! Engraçado, no entanto, ninguém da junta se ter manifestado sobre o caso...

Sendo bem conhecido (publiquei-o) que há muito decidi nada escrever no grupo dos "Amigos...", bem como no “Leais Amigos de Vilar de Mouros”, mais recente e surgido na sequência de desinteligências entre vilarmourenses facebookeiros (não contem comigo para dividir ainda mais…) parece-me, no mínimo, deselegante e incorreto que me venham acusar num espaço onde sabem que me recuso a entrar e, por conseguinte, a defender. 

Se quiserem façam-no à vontade nos locais apropriados: no meu blogue, Vilar de Mouros Sempre, ou no meu mural do facebook.

Pela parte que me toca espero bem ficar por aqui e nada mais direi, se não me obrigarem a isso.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

FOI NESTE LOCAL, PRECISAMENTE NESTE LOCAL,

faz hoje exactamente um ano,



…que aconteceu um fenómeno meteorológico absolu- tamente invulgar nesta região e, tanto quanto a memória dos vilarmourenses consegue recuar no tempo, único na freguesia: um tornado! Assim sendo, o dia 16 de Setembro de 2014 não mais será um dia qualquer e, pelo menos para aqueles que, como eu, assistiram à destruição ou danificação de valiosos bens materiais e tiveram mesmo em risco a sua própria integridade física ficará,

ad aeternum, gravado na história das suas vidas. Daí  o ter-me ocorrido usar, como título deste pequeno texto, uma expressão que acabou por se popularizar depois de ter sido utilizada vezes sem conta nas muitas intervenções televisivas do saudoso historiador Hermano Saraiva.

É que foi naquele local, precisa- mente naquele local, no Largo de Chelo, a escassos 150 metros da casa onde moro, que o tornado, ou mini-tornado, como lhe chamaram, mais demonstrou a sua fúria devastadora, tudo arrasando, prosseguindo depois, ainda com bastante “entusiasmo”, pela minha casa, pelas dos meus irmãos e respetivos quintais, em direção ao Largo do Casal. Aí, talvez enebriado pelo misticismo festivaleiro reinante, ter-se-á aplicado a fundo de novo, desgastando as reservas energéticas que ainda possuía no espatifar, de entre outras coisas, da cobertura do palco onde já atuaram os You Two.

Na altura publiquei também uma mensagem sobre o assunto, com várias fotos de alguns dos estragos mais significativos.

Hoje, passado exatamente um ano, quase não se vêem sequelas do que aconteceu, mas…naquele local, precisamente naquele local…as marcas são profundas, demasiado profundas, como se pode constatar pelas imagens que publico. Foi desimpedido o caminho, foi cortada e julgo que vendida a madeira com algum valor e…mais nada. Eu bem sei que o sítio tem pouca visibilidade,   poucas casas, escassos residentes, fica num extremo da freguesia e, se ninguém fala nele, até dá para esquecer. 

Assim, se este meu empurrãozinho contribuir para que aquelas raízes meio arrancadas, aquele amontoado de lenha abandonada, aquela árvore a ameaçar destruir fios da luz e aquele rego de águas bravas cheio de entulhos venham a merecer uma intervenção o mais rápido possível…já valeu a pena.   









sábado, 5 de setembro de 2015

CENTRO DE INSTRUÇÃO E RECREIO VILARMOURENSE


Regresso do teatro...bom prenúncio?


Realizou-se na passada noite, 4 de Setembro, com início às 22 horas, no CIRV – Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense, a representação da peça teatral Rei Laudamuco, Senhor de Nenhures, de Roberto Vidal Bolaño.

Trata-se de uma tragicomédia num único acto, com a duração de cerca de uma hora, apresentada pela Krisálida – Associação Cultural do Alto Minho, encenada por Jorge Alonso e interpretada por Alexandre Martins, Jéssica Moreira e Simão Luís, três atores vianenses que maravilharam todos quantos, e muitos foram, os que se deslocaram ao CIRV nessa noite.

Este espetáculo insere-se num projeto mais amplo em boa hora acordado entre a Câmara Municipal de Caminha e a Krisálida, que tem como objetivo, de entre outros, a promoção do teatro no concelho, através da atuação daquele grupo em todas as freguesias que reúnam as condições mínimas para que isso seja possível.


Desta vez tocou a Vilar de Mouros e foi bonito, muito bonito, voltar a ver aquele salão enorme, não propriamente a abarrotar de gente, mas muito bem composto, com cerca de noventa pessoas, o que terá sido, de longe, segundo nos garantiram, a melhor audiência de entre todas as treze freguesias já visitadas.
  
Isto tem de ser um motivo de grande satisfação para todos os vilarmourenses, para os sócios e, muito em especial, para a  direção recém-eleita, que acabou de tomar posse há escassos dois meses e todos quantos com ela colaboraram e lhe deram apoio.

Pela minha parte tenho de agradecer à Krisálida o maravilhoso espetáculo que nos proporcionou, à Câmara Municipal o apoio que concedeu e que permitiu a gratuitidade do mesmo, aos companheiros da direção e a quantos com ela colaboraram   na preparação e no decorrer do evento e, não menos importante, aos sócios e amigos que disseram presente, neste primeiro ato público sob a orientação dos novos corpos sociais, onde predomina, e ainda bem, a juventude.

As imagens que junto mostram a assistência (ainda estavam a entrar pessoas que não aparecem) e a confraternização antes e depois do espetáculo.