VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

III TRIATLO LONGO DE CAMINHA

Iniciativa louvável que pode ser melhorada
EN 301, da rotunda de acesso à A 28 até Vilar de Mouros, sem divisão de faixas

Decorreu no passado dia 30 de Maio, sábado, neste concelho, o III Triatlo Longo de Caminha,   uma prova organizada conjuntamente pela Federação de Triatlo de Portugal, pela Associação de Triatlo de Caminha e Câmara Municipal. Segundo informação constante da página online desta última entidade terão participado, na edição deste ano, cerca de 300 atletas, na sua maioria portugueses e espanhóis, mas também de nacionalidade francesa e inglesa. Sintetizando, tratou-se de duas competições numa só, sendo uma delas pontuável para o
EN 301, da rotunda de acesso à A 28 até Argela, com divisão de faixas
Campeonato Nacional de Clubes Triatlo Longo - incluindo a natação (1 900 metros), o ciclismo (90 000 metros) e a corrida pedestre (21 100 m) – e a outra uma prova aberta a atletas de ambos os sexos e a vários escalões etários, a partir dos 18 anos, integrando as mesmas modalidades mas reduzindo a extensão dos respetivos percursos (1 500 metros para a natação, 48 000 m para o ciclismo e 10 000m para a corrida). Em Vilar de Mouros passaram, individualmente ou em pequenos grupos, os ciclistas.
As famosas curvas de Extracoura, sem qualquer proteção há décadas

Tratando-se, sem dúvida, de uma iniciativa de todo o interesse para a promoção desportiva e turística do concelho e podendo, através da maior visibilidade que lhe proporciona, favorecer também a criação de condições que potenciem um desenvolvimento social e económico de que o mesmo tanto carece, só nos resta enaltecer todos os esforços realizados para que este evento tivesse sido, uma vez mais, possível, e fazer votos para que novas edições venham a ter lugar.
Sendo, pelo número de participantes, pela exten- são, diversidade dos trajetos a percorrer (muitos dos quais em zonas habitadas) e até pela própria duração (cerca de 8 horas),  uma prova com- plexa, parece ser opinião generalizada de que a organização esteve bastante bem e melhorou substancialmente em relação ao ano transato.

No entanto, não querendo ser desmancha-prazeres e tendo como único objetivo o de dar o meu pequeno contributo para que futuras edições possam vir a ser ainda melhores e evitar algum mal-estar entre os moradores, gostava de deixar aqui   uma sugestão ou um pedido: não impeçam que os residentes nos sítios de Chelo, da Batalha e da Brasileira, todos situados no Lugar do Agrelo, da Freguesia de Vilar de Mouros, tenham acesso às suas habitações com os respetivos automóveis ou, no mínimo, permitam que possam estacionar o mais próximo possível delas. São cerca de vinte e
cinco casas nestas condições e o problema até é, parece-me, facilmente ultrapassável, desde que se faça, na EN 301, no sentido norte (Vilar de Mouros), o mesmo que foi feito no sentido sul (Argela), a partir da rotunda de ligação à A 28:  dividir a faixa de rodagem em duas partes, com recurso a uns mecos e uma fitas, passando os atletas (neste caso, os ciclistas) por um dos lados e, se necessário, os automóveis pelo outro. Algumas das imagens que junto explicam, por si só, a situação.

É que os moradores de todo o lugar do Agrelo e, muito em especial, os que acima referi (entre os quais me incluo) vêm sendo, desde há muito, fortemente massacrados, apenas porque moram no sítio “errado”. Se há uma cheia do rio Coura, ficam isolados do resto da freguesia, sem acesso à escola, à junta, à igreja, à associação, a um simples café ou loja comercial; se há um festival, é-lhes cortado ou, pelo menos, muito dificultado, o acesso a casa; numa prova como este triatlo, ficam mais de oito horas sem poder entrar ou sair de automóvel; não sendo o único, é dos lugares da freguesia que com mais
sequelas ficou dos impactes negativos da construção da auto estrada; a internet é, de uma maneira geral, mais lenta (ou parada…) por ser fim de linha e outros motivos; quando falta a luz pública é, por norma,  das áreas mais atingidas e que mais demora a recuperar; uma boa parte dos muitos incêndios que, recorrentemente, visitam Vilar de Mouros, “atacam” por este lado e, para fechar o ramalhete, até o tornado que em 16 de Setembro de 2014 arrasou árvores e destruiu telhados, selecionou Chelo (cujo largo se encontra, ainda, numa lástima) e Casal como seu teatro de operações preferido! 

Bem, por favor… 


A "limpeza" de bermas na EN 301



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