O (mais que) previsível, aconteceu
Realizou-se no dia 26 de Abril de 2015, à tarde, uma Assembleia Geral Ordinária do CIRV que incluía, na sua ordem de trabalhos e em cumprimento do Regulamento Interno em vigor, dois importantes pontos: a aprovação do relatório e contas de 2014 e a ELEIÇÃO DOS CORPOS GERENTES para o biénio 2016 / 2017.
Se o primeiro desses pontos foi aprovado, por unanimidade, sem qualquer problema, já o segundo, infelizmente e como era previsível, teve de ser adiado dada a ausência, uma vez mais, de qualquer lista de candidatos. Estiveram presentes, conforme se pode ver pelas fotos, um total de 15 sócios (eu, como fotógrafo, não apareço) o que já nem é mau de todo, atendendo aos antecedentes.
Os tempos não são fáceis, todas as associações atravessam momentos complicados e o CIRV que, para além do mais, tem problemas específicos que se arrastam sem solução há demasiado tempo (como a questão da legalização) e foi, ele também, sejamos honestos, vítima de um clima de crispação, desconfiança e mesmo hostilidade que alguns teimaram em semear na freguesia, não podia sair imune. Como não saiu.
Por razões várias, os sócios vêm-se afastando cada vez mais da associação e são poucos os que continuam a pagar as quotas. Alguns dos jovens que colaboravam, regularmente, nas suas atividades, como é o caso do teatro, afastaram-se por desentendimentos vários, outros tiveram de ir trabalhar para zonas distantes ou mesmo para o estrangeiro. Bom, o que é certo é que os únicos sinais de vida que ainda se vão, felizmente, mantendo, sabe-se lá por quanto tempo, são os
Cantares dos Reis e respetivo almoço-convívio, a Escola de Música (que pode também estar em perigo, se o município não apoiar rapidamente) e o GEPPAV- Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, como secção autónomna. Nem o novo recinto desportivo exterior conseguiu, como se poderia pensar, cativar a juventude e dar outro movimento à coletividade.
Deveras frustrante para uma casa que tantas espectativas criou aquando da construção da sua nova sede, curiosamente inaugurada pelo atual Presidente da República, então primeiro-ministro…
A cadeira vazia representa.me |
Voltando à assembleia, face à inexistência de qualquer lista e à indisponibilidade de a direção cessante se voltar a recandidatar (refira-se que esta direção, presidida por Mário Ranhada, já vai no terceiro mandato consecutivo), foi decidido, por proposta minha, escolher, de entre os presentes, um grupo de trabalho com a finalidade de, no mais curto prazo de tempo possível, contactar, sensibilizar e mobilizar outros sócios com vista à criação de condições para a constituição de uma lista que possibilite o preenchimento dos lugares necessários à formação dos três órgãos sociais do CIRV (Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal) exigidos regimentalmente. Esse grupo de trabalho é composto por Basílio Barrocas, João Arieira, Sónia Fiúza, Jorge Guerreiro e Mário Alves.
Ainda que outro motivo não houvesse (e há muitos) o respeito pela memória de todos quantos lutaram para que tivesse sido possível a criação e o engrandecimento do “nosso” Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense não vai permitir, estou seguro, que não sejamos capazes, apesar de todas as dificuldades, de encontrar uma solução diretiva que garanta a sua continuidade. Não nos esqueçamos que se trata de uma INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA, conforme declaração de 22 de Agosto de 1984, publicada em Diário da República, II Série, de 6 de Setembro do mesmo ano.
Assim, aqui fica o meu pedido a todos os sócios: conversem com os vossos amigos, contactem qualquer uma das cinco pessoas que acima referi, apresentem-lhes as vossas ideias e propostas, ofereçam-se ou sugiram outras pessoas para fazer parte dos órgãos sociais a eleger..
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