Pela primeira vez na minha vida tive de ser internado num hospital. Foram doze dias difíceis, de 2 a 14 de Junho, passados, como costumo dizer por brincadeira, no hotel de Santa Luzia, em Viana do Castelo, com uma bela vista para a cidade e para o mar (não da minha enfermaria, por azar meu). Não foi propriamente agradável, como nunca o é estar em internamento num centro hospitalar, por muito bom que ele seja mas, como em tudo na vida, há que saber aproveitar o lado positivo das coisas.

O importante na vida não é tanto ter muitas coisas, ostentação e opulência, como a sociedade de consumo nos quer, a todo o custo, fazer crer, mas antes sermos capazes de ser felizes com aquilo que temos. Claro que isto nunca deverá ser entendido, antes pelo contrário, como a falta de reconhecimento do direito que cada um de nós tem de lutar por melhores e mais justas condições de vida. O que a mim e, julgo, a todo o ser humano digno desse nome repugna e revolta é que a ganância de alguns faça com que muitos não possam ter o mínimo, sequer, para subsistir condignamente.
Mas nem foi essa a motivação que me levou a escrever e a publicar este curto texto. Foi antes o facto de, tendo eu sido internado num hospital público (Centro Hospitalar do Alto Minho – EPE), a convicção que sempre tive de que os males deste país não passam, nem de perto nem de longe, pela tão apregoada inoperância do sector e funcionalismo públicos, ter saído fortemente reforçada. Por favor, olhem lá para cima porque é aí que estão os verdadeiros culpados da situação a que o país chegou e não cá para baixo onde a grande maioria da “plebe” trabalhadora, em muitos casos com emprego instável e remunerações baixíssimas, fazem das tripas coração para responder às múltiplas solicitações que lhe são exigidas.


A concluir não posso deixar de agradecer também a todos os meus familiares e amigos que, pessoal e telefonicamente, sempre foram seguindo de perto a minha recuperação. Aos meus companheiros de enfermaria, dois dos quais aparecem nas fotos que anexo (Sr Maximino, de Lapela, Monção, acompanhado de sua filha Sra Sameiro, na 2ª foto; Sr. Manuel Roleira, das Cortes, V.N.Cerveira, sendo barbeado pela sua esposa, na 3ª) , os meus sinceros desejos da melhor e mais rápida recuperação possível.
Pena também que os dois mais assíduos visitantes que tive, o João Arieira e a minha filha Isabel não apareçam nas fotos…não calhou…mas aqui fica o registo. Obrigado a todos.
Sr. Professor, espero que esteja completamente recuperado. Vilar de Mouros precisa de si.
ResponderEliminarBeijinho....Já estás óptimo.....Foram só carinhos.....babado.Miette
ResponderEliminarBom regresso e desejo de total restabelecimento.
ResponderEliminarUm abraço.
Caro amigo,
ResponderEliminarfoi com grande preocupação e ansiedade que li o post. Não me passou pela cabeça, que a sua ausência no blog fosse por motivos de saúde, mas registo que a estadia e a recuperação foi positiva, ainda bem e espero que não volte a necessitar de tais cuidados.
Um forte abraço e continuação de boa saúde.