VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

MAIS UM CARRO DE RODAS PARA O AR EM EXTRA-COURA


Estradas de Portugal, distraída...



As denominadas “curvas de extra-coura”, na Estrada Nacional 301, na entrada sul de Vilar de Mouros, bem próximo do nó de ligação à A 28, têm-se transformado, desde há largos anos a esta parte, num verdadeiro cemitério de automóveis. Felizmente e, para já, que se saiba, só de automóveis, porque é preciso muita sorte para que não tenha havido, ainda, a lamentar, a morte de ninguém, tantos têm sido os acidentes aí ocorridos. Desta vez foi no dia dez de agosto.
Com alguma chuva e piso escorregadio, um veículo ligeiro, vindo de Covas e seguindo em direção a Caminha, terá metido a roda direita dianteira na valeta do mesmo lado, fez um pião, despistou-se e caiu no rego de águas bravas aí existente, ficando na posição que as fotos documentam.

Quis o acaso que a condutora e única ocupante do veículo tivesse ficado ilesa e conseguisse sair pelos seus próprios meios. Ainda bem pois, nem quero imaginar o que poderia ter acontecido se, por exemplo, o carro se tivesse incendiado...Enfim, até parece que se está à espera de uma tragédia para que a EP – Estradas de Portugal, S.A., sociedade anónima de capitais públicos que superintende nesta matéria, se decida a gastar uns trocos (sim, uns trocos) para pôr cobro ou, pelo menos, melhorar uma situação que já não é admissível. 

Será que ainda não se apercebeu da perigosidade do local?
Bem, até é possível que uma boa parte dos acidentes não cheguem ao seu conhecimento, mas recordo que, há vários anos atrás, ainda eu estava, e continuei, na Junta de Freguesia (saí em 2009), foi enviada uma exposição àquela entidade, acompanhada de fotografias, alertando para a necessidade de uma intervenção urgente naquele local. A resposta, tanto quanto me lembro, foi no sentido de que estaria a ser elaborado um estudo mais abrangente de beneficiações em toda a 301, onde o pedido da junta
seria também tido em consideração. Mais ou menos isto. Ora, ao fim deste tempo todo apetece perguntar: o estudo ainda não está pronto, ou o pedido de Vilar de Mouros foi considerado sem interesse?!

Por favor…será que, ao menos, nem umas barreiras metálicas de proteção é possível colocar, em substituição do que resta de um muro cuja única “utilidade” é entupir, com as suas já escassas pedras, o rego de águas bravas, sempre que um automóvel decide dar um salto, mais ou menos artístico, mais ou menos acrobático…esperemos que nunca mortal?! 

Se não há dinheiro para as comprar…é só ir buscá-las onde já estão colocadas, bem perto e sem qualquer utilidade (na opinião de um leigo na matéria, como eu): junto à rotunda de acesso ao nó de ligação da A 28! Alguém é capaz de me explicar para que servem as proteções metálicas instaladas imediatamente antes e de-
pois da rotunda, do lado direito da via, quem vai no sentido Vilar de Mouros – Caminha?

As últimas fotos que junto retratam, de forma clara, o estado em que se encontra o “não-muro”…ou melhor, os “não-muros”, já que também houve, em tempos, um murete do lado de cima da estrada. Desse, agora (duas últimas fotos), nem resíduos…porquê? Porque tantos veículos foram parar ao buraco, levando tudo na frente, que nem uma pedra ficou para amostra! 

O que resta do muro 

A "proteção" que existe

Onde já houve um muro

Aqueduto quase bloqueado

domingo, 10 de agosto de 2014

"O MUNDO A DANÇAR" - FOLKMONÇÃO


Praça Conselheiro Silva Torres, Caminha


Dia 6 de agosto, às 22H00, num terreiro repleto de público, Caminha acolheu destacados grupos de folclore de Itália, África do Sul, Peru e Rússia. Foi um espetáculo encantador, cheio de cor, música e movimento, inserido na iniciativa “O Mundo a Dançar”, no âmbito do 29 º FolkMonção e que contou com o apoio da Câmara Municipal de Caminha.
  
O Festival Internacional de Danças Folclóricas “FOLKMONÇÃO” é reconhecido pelo C. I. O. F. F. – Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e Arte Popular desde Novembro de 2006, mas as suas origens remontam já a 1986 (daí tratar-se da 29ª edição consecutiva...é obra!...) então apenas com grupos

portugueses, passando a integrar, em 1987 e 1988, grupos espanhóis e alargando o seu âmbito, já a partir de 1989, a diversos países europeus e de outros continentes.

O sucesso crescente deste festival deve-se sobretudo ao elevado nível da sua organização e à grande qualidade dos grupos convidados, que têm de apresentar uma candidatura prévia e estão sujeitos ao rigoroso cumprimento de um vasto conjunto de exigências, como sejam o número máximo total de participantes, incluindo dançarinos, músicos (trabalhos com música gravada não

são permitidos), motoristas de autocarros e diretores. Têm ainda de apresentar o historial do grupo, um registo gravado do espetáculo a apresentar, cartazes, fotografias, recortes de imprensa e folhetos.

Com a sede do festival em Monção, como o próprio nome indica, é natural que seja nessa vila que aconteçam o maior número de espetáculos. No entanto foram realizados, em 2014,   vários outros espetáculos descentralizados, em muitas localidades do alto-minho, como aquele que é documentado pelas imagens que publico, em Caminha, mas também em Arcos de Valdevez, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira, Melgaço, Ponte da Barca, Barbeita (Monção) e Valença.


Para além dos grupos de países a que já fiz referência e a cujas atuações tive o privilégio de poder assistir (Itália, África do Sul, Peru e Rússia) fizeram-se representar ainda, este ano: a Argentina, a Rep. Baskiria, a Coreia, o Equador e, naturalmente, Portugal.
A qualidade das fotos e do vídeo é a possível, dadas as (más) condições em que foram obtidos mas, mesmo assim, acho que vale a pena ver.


















Aspeto do terreiro