VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Assembleia Geral do CIRV

Foi mais uma assembleia geral do CIRV – Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense, realizada na tarde do dia 28 de abril e tendo como pontos-chave da ordem de trabalhos a discussão e votação do relatório e contas de 2012 e a eleição de novos corpos gerentes para o biénio 2013 – 2015.

O primeiro destes dois pontos foi aprovado por unanimidade pelos poucos sócios presentes, depois de lido o parecer favorável do conselho fiscal e analisado o mapa apresentado pela direção, com a discriminação das receitas, das despesas e suas proveniências. Num breve balanço constata-se que as primeiras foram no montante global de € 6 569,83, tendo as segundas sido de € 5 577,07, o que dá um saldo positivo no valor de € 992,76. Isto no que à gerência de 2012 diz respeito porque, tendo
transitado um saldo de € 3 057,4 do ano anterior, havia, assim, em janeiro de 2013, um montante disponível de € 4 050,16. São números baixos, que refletem a acentuada crise por que passa a coletividade, que vai resistindo, sobretudo, graças ao subsídio da câmara (€ 2 544.00) que reverteu, quase na íntegra, para a escola de música, e à receita proveniente do almoço dos reis (€2 160,00). Por outro lado, as despesas mais significativas vêm da escola de música ( €2 920,00) e, como é natural, do almoço dos reis (€ 1 460,17), sendo que este último deu, ainda assim, um lucro de € 699,83.
 
Relativamente ao segundo ponto - eleição de novos corpos gerentes - aconteceu aquilo que eu já temia e que fez com que, como presidente da assembleia geral, tivesse publicado o edital para esta convocatória com cerca de um mês de antecedência: não houve a apresenta-
ção de qualquer lista de candidatos.
Assim sendo e porque a atual direção (ou o que dela resta, já que alguns dos elementos que a integram nunca aparecem sequer às reuniões), não está disposta a continuar por muito mais tempo, decidiu-se marcar nova reunião, desta vez extraordinária, para o próximo dia dois de junho, a ver se surgem candidaturas que garantam o regular funcionamento da coletividade.


O CIRV atravessa um momento crítico e muito difícil, é certo, com poucas atividades e muitos sócios a voltarem as costas e a deixarem mesmo de pagar as cotas. Para além do contexto geral de crise que a todos, ou quase, atinge,  haverá outras e várias razões para que isto aconteça, como erros cometidos, se calhar por muitos, sócios e não sócios, dirigentes e não dirigentes, haverá
feridas abertas ainda mal cicatrizadas, por razões múltiplas, mas temos de ultrapassar tudo isso, de ser capazes de dar a volta a um estado de coisas que, quero crer, será passageiro, e devolver a vitalidade a uma casa com a história que esta associação possui e que em muito nos deve honrar a todos.

Neste momento perspetivam-se, aliás, dois fatores que podem vir a dar um forte contributo   pôr fim ou, pelo menos, para atenuar a escassa atividade desta instituição. A saber:

- O polidesportivo mandado construir pela câmara municipal, com apoios comunitários e que se encontra praticamente concluído desde agosto do ano passado, deverá, finalmente, ter a sua inauguração ainda durante este mês de maio, através da realização de um torneio cujo troféu para o vencedor, informou o presidente da direção, já existe, ficará em exposição, alguns dias, nos cafés da freguesia e foi pago do seu bolso pelo vice-presi-
dente (candidato a presi- dente, acrescento eu) da câmara. Tanta generosi- dade em vésperas de eleições não deixa de ser comovedora, mas pronto, já estamos habituados. 

 - Tudo indica que, graças ao trabalho desta direção, também com a ajuda do município,  no sentido de criar as condições exigidas por lei, esteja para breve a possibilidade de reabertura e funcionamento do bar que já em tempos existiu nas instalações do CIRV.

Como se vê, nem tudo é mau. O polidesportivo, sobretudo para os mais jovens – e como a associação precisa deles! – e o bar para todos, podem vir a desempenhar um papel determinante no renascimento desta casa.

Aguardemos e façamos votos (não são desses!) para que assim seja mas, não tenhamos ilusões, a última palavra será, sempre, dos sócios. 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

ALMOÇO DOS REIS 2013

A tradição, felizmente, repete-se, e o Almoço dos Reis continua a ser notícia e motivo de satisfação para a comunidade vilarmourense.

Por ser um tema recorrente neste meu blogue, com três mensagens já publicadas relativas às edições de 2010, 2011 e 2012, não irei, para não ser repetitivo, alongar-me sobre o historial, o significado e a envolvência de um acontecimento que continua a conseguir mobilizar  à sua volta toda uma enorme moldura humana, num saudável espírito de convívio e de confraternização, sentando à
 

mesma mesa pobres, ricos (ainda os haverá por aqui?...) e remediados, pessoas de todos os quadrantes políticos, crentes e não crentes, de maior ou menor grau académico ou estatuto social.
 
Aqui, sim, pelo menos durante umas duas ou três horas, esquecem-se tricas, rivalidades, interesses e egoísmos mais ou menos mesquinhos,  partilham-se sobremesas e bebidas que cada um traz de casa, fortalecem-se o espírito de união e os laços de companheirismo e de solidariedade que, numa sociedade mais justa e “humana”, faria todo o sentido que prevalecessem em todos os atos da nossa vida. Pena que assim não seja e outros valores mais altos (?) se levantem.
Este ano foi no dia 7 de Abril, com o pavilhão do CIRV – Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense - pratica- mente cheio, num total de mais de trezentas pessoas, na sua grande maioria vilarmourenses, mas com a presença, também, de familiares e outros amigos não residentes. 
 
Na mesa de honra estiveram, para além do presidente da direção e como convidados, o vice-presidente e também candidato à presidência da câmara nas próximas eleições, pelo PSD, Flamiano Martins, o vereador do pelouro da cultura, a presidente da Junta de Freguesia, o comandante da Capitania do Porto de Caminha, o deputado à Assembleia da República, Jorge Fão, e representantes das associações dos Bombeiros Voluntários e dos Dadores de Sangue de Caminha.
 
De assinalar também a participação, sentado entre “o povo”, do candidato socialista à presidência do município, Miguel Alves.

Foi mais uma edição muito bem sucedida, que respeitou o essencial de uma já velha tradição, incluindo a ementa, onde o arroz de sarrabulho e as febras não podem faltar e que culminou com a atuação do Grupo dos Reis (ou janeiras) que percorreu todo o salão, tocando e cantando as mesmas quadras que durante o mês de Janeiro já haviam sido levadas, pela calada da noite, a casa de todos os vilarmourenses.

Como é da praxe, usaram da palavra alguns convivas, desta vez o presidente da associação, o deputado Jorge Fão, a presidente da junta de freguesia e o vice-presidente do município. Foram intervenções curtas, mais ou menos de circunstância face ao evento em questão, mas com um
ou outro toque de eleitoralismo que, quanto a mim, era desnecessário.
Refiro-me concretamente à afirmação do ainda vice-presidente e candidato a presidente da câmara que, num assomo de populismo desajeitado, afirmou que pagaria do seu bolso o troféu em disputa, num torneio a organizar brevemente e que servirá para a inauguração do recinto desportivo mandado construir pelo município no espaço exterior do CIRV. Essa construção, apesar de o piso não ser o mais adequado,  foi, de facto, importante, agora quanto ao resto, como diria o Herman, “não havia necessidade”…

Estão, uma vez mais, de parabéns, todos quantos possibilitaram a concretização deste convívio, desde a direção aos tocadores, cantadores, cozinheiros (280 Kgs só de carne…é obra!), serventes (muita juventude…que falta fazem ao CIRV…venham ainda mais!) e outros.

A concluir e porque os atuais dirigentes vêm manifestando a sua indisponibilidade para serem reconduzidos, não posso deixar passar esta
oportunidade para me dirigir a todos os sócios e pedir-lhes que se unam, que se organizarem numa ou mais listas e se candidatem às próximas eleições, que terão lugar no próximo dia 28 de Abril, pelas 15H00, para os órgãos sociais do CIRV, conforme editais já afixados. Recordo que, para cumprimento do Regulamento Interno aprovado, as listas a apresentar deverão ser assinadas por todos os candidatos, com indicação do respetivo cargo, e entregues ao presidente da Assembleia Geral com 24 horas de antecedência.