Também em Viana do Castelo, como por todo o país, ocorreu hoje, dia 02 de Março, à tarde, uma manifestação de repúdio pelas políticas impostas ao povo português por um governo mais papista que o Papa (que nem existe, neste momento), aplicando friamente, sem contemplações, um programa de austeridade e de empobrecimento generalizados que vai muito para além do que o famigerado memorando com a troica estipulou.
Depois de um cortejo pelas ruas da cidade, a que não cheguei a tempo de assistir, os manifestantes concentraram-se na Praça da República, tendo o chafariz
Depois de um cortejo pelas ruas da cidade, a que não cheguei a tempo de assistir, os manifestantes concentraram-se na Praça da República, tendo o chafariz
servido de palco improvisado para uma série de intervenções, por oradores de ocasião, mais ou menos improvisados que, na linha do que defende o movimento “Que se lixe a “troika”” e aproveitando o facto de os seus representantes se encontrarem no nosso país para mais um exame ao “bom comportamento” do governo, bateram todos na mesma tecla: a necessidade de mudar de política, de governantes e de correr com a troica.
Pena que a qualidade do som tivesse deixado muito a desejar mas, mais importante que as palavras (algumas eram impercetíveis) foi o sentimento generalizado de uma
forte comunhão de ideias, bem patente entre todos os presentes, em número significativo, calculo que cerca de um milhar. Não sendo muito, penso que poderá ser considerado satisfatório para uma pequena cidade como Viana do Castelo. Já quanto ao concelho de Caminha e à freguesia de Vilar de Mouros, sinceramente, e embora admitindo que estivessem lá pessoas que nem vi nem aparecem nas fotos…esperava bastante mais.
O cantar da “Grândola Vila Morena”, com distribuição prévia de papelinhos com a letra, para evitar desafinações
O cantar da “Grândola Vila Morena”, com distribuição prévia de papelinhos com a letra, para evitar desafinações
linguísticas “à Relvas”, foi talvez o momento mais bonito e emocionante de uma contestação ordeira, pacífica, mas bem demons- trativa da indignação das pessoas pelo caminho que nos querem obrigar a prosseguir. Os cartazes, alguns bem fortes e sem papas na língua, como se pode constatar, são a prova disso mesmo.
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